A Cidade na Incerteza: ruptura e contiguidade em urbanismo
Autor: Sérgio Ferraz Magalhães.
Viana & Mosley; Ed. PROURB, 2007 ISBN 978-85-88721-34-0

Sinopse

Neste texto aborda-se a noção da contiguidade como um instrumento privilegiado de trabalho para o urbanismo contemporâneo.
A contiguidade, conceito concebido pelo autor, apresenta-se em sintonia com a noção contemporânea de futuro constituído na incerteza. Ela se opõe ao conceito de ruptura, baseado na ideia de um futuro permanentemente róseo, que prevaleceu na construção do urbanismo moderno.

A contiguidade está relacionada à transformação da cidade. Trata-se, portanto, de uma noção de interesse para a mudança de uma situação ambiental existente por outra a ser construída. O seu fato gerador é a inserção, na cidade, de um elemento de natureza física que a modifica morfologicamente, mas que o faz a partir do reconhecimento das pré-existências ambientais e culturais.

Sua dimensão espacial é constituída pela forma, pelo uso ou função, e por seus desdobramentos, historicamente produzidos, de natureza semiológica, ou seja, a memória e o significado. Tratando-se de uma inserção na cidade, ela também se constitui na dimensão política, na qual a interação e a participação são os principais elementos.

Para evidenciar as expressões da contiguidade, foi feito o cotejo entre os elementos que a constituem e a prática urbanística. Foram avaliadas experiências de algumas cidades escolhidas, centrando-se, grande parte da análise, na cidade do Rio de Janeiro, que oferece ampla diversidade ambiental e cultural e, simultaneamente, facilidade no recolhimento das informações. Não se vinculou, contudo, a contiguidade a um determinado contexto urbano.

Finalmente, considera-se que a cidade adentrou o cenário contemporâneo sem a possibilidade de reducionismo; seu estatuto não é o da simplicidade. Nenhuma resposta única poderá satisfazer sua complexidade conquistada. Não obstante, é indispensável que se procurem as respostas. Esta texto se incorpora a esse esforço.

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