Nascido em Aracaju, criado na Parnaíba, cidadão de Salvador, arquiteto do Brasil. A obra de Assis se diferencia no conjunto arquitetônico moderno brasileiro. Na luz, na cor, na mescla de volumes e de tecnologias, na multiplicidade de intenções, é uma obra rica e complexa. Não é linear.
Assis era uma figura. Amigo atento, bem humorado, dançarino (dizia…), jogador, baiano. Sua verve era iluminada e seus enunciados tinham colorido. Seus projetos são instigantes; não nos deixam indiferentes ao vivenciarmos seus espaços.
Sua arquitetura evidencia uma enorme intuição, cultivada no âmago da cultura brasileira. Arquiteto até o fim, sempre, nunca deixou de especular sobre a cidade, o edifício, os materiais, o fazer.
Dois projetos de Assis Reis não chegaram à concretude –o pavilhão para Osaka e o Centro de Identidade Cultural. O primeiro, recebeu destaque no concurso nacional para a escolha da representação brasileira na Exposição Universal do Japão, em 1970. O segundo, é fruto de sua determinação em promover a cultura da cidade, a partir do “modelo reduzido” de Salvador, que construiu nos anos 1970. Mas essas duas concepções, absolutamente singulares, foram fundidas em um só estudo, que apresentou ao governo da Bahia há poucos anos.
Como a cidade do Salvador teria se enriquecido com essa obra! Quem sabe ainda possa ser reabilitada essa idéia? http://www.vivercidades.org.br/publique_222/web/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=1486&sid=12
Infelizmente, o registro de seu trabalho é precário. Essa lacuna precisaremos suprir, seus amigos, admiradores, estudiosos da arquitetura. Será mais do que uma homenagem a este sempre jovem arquiteto brasileiro, que nos deixou no apogeu de seus 85 anos; será um resgate em benefício da arquitetura e da cultura brasileiras.
Viva Assis!
Veja: www.assisreis.blogspot.com e http://pt.wikipedia.org/wiki/Francisco_de_Assis_Reis