André Luiz Pinto
São situações hilárias as relatadas em reportagem do Fantástico, no último domingo. Verdadeiras ´pegadinhas imobiliárias´.
Deixo a quem tem conhecimento as interpretações psico-sociológicas que possam ser feitas, a propósito de pessoas interessadas na compra de apartamento mesmo reconhecendo o absurdo da proposta, desde que possam desfruta-la.
Destaco outro aspecto: a baixa qualidade do projeto do edifício ¨à venda¨. Um repositório de lugar comum, com direito inclusive a frontões –não um, mas quatro!
Como os lugares escolhidos são espetaculares, o que se vende é o desfrute da paisagem e do bem comum. O imóvel, em si, pode ser qualquer. O mais medíocre possível.
Isto evidencia quão difícil pode ser a vida dos arquitetos cariocas –ou dos que trabalham em lugares onde as condições naturais-ambientais sejam tão determinantes. Não lhes sobram espaços para o convencimento pela qualidade do projeto. O lugar leva tudo de roldão.