O IBGE divulgou recentemente sua avaliação sobre o crescimento econômico dos estados brasileiros no período 1995-2007.
A média nacional de crescimento foi de 39,8% no período.
Já o estado do Rio de Janeiro cresceu 25,6%, constituindo-se no estado que teve o menor crescimento entre as 27 unidades federativas. Isto, apesar da participação crescente do petróleo nas contas estaduais, muito acima do crescimento médio nacional.
Não observei muitos comentários a respeito desse relatório.
Não li entrevistas dos economistas que justamente ao longo desse período nos diziam como eram promissoras as contas do estado. Lembre-se que o período perpassa tres governos, todos sempre muito satisfeitos com os grandes investimentos que o estado conseguia captar.
De fato, foram muitos os grandes investimentos, a começar pelo setor petrolífero.
Então, por que o RJ ficou na lanterna entre todos os estados?
Justamente o RJ, que é o estado mais urbano do país. Que tem 94% de sua população vivendo nas cidades.
Proponho que a questão urbana possa ser um dos fatores relevantes a ser investigado. Questão urbana: dificuldades que apresentam nossas cidades para o pleno desempenho da vida social, econômica e política. Dificuldades na mobilidade, na infra-estrutura, na ambiência, na segurança.
Tais dificuldades minam o esforço produtivo dos pequenos empreendedores, não deixam que aflorem para a prosperidade os negócios que começam diminutos e que poderiam alcançar novas escalas.
Os grandes investimentos são importantes, é claro. Mas está nos pequenos, que crescem, uma possibilidade da distribuição do desenvolvimento por todo o tecido social. Sem pequenos, não teremos médios. Não teremos economia pujante.
Veja aqui a apresentação dos dados do IBGE.