Em recente artigo para a revista Página 22, o arquiteto Sérgio Magalhães destaca um ponto positivo em toda essa história sobre a construção dos muros em volta das favelas:
“É possível que o debate sobre os muros no Rio ajude a construir uma agenda para os municípios brasileiros, onde falta democracia e sobra segregação”
Logo nos primeiros parágrafos, enquanto apresenta os fatos, deixa claro o seu ponto de vista:
“O governo diz que o objetivo é conter a derrubada da floresta. As críticas são de que muros têm forte e indissociável simbolismo de segregação.
Não é uma questão simples. Envolve a percepção de que a violência urbana se expande e se consolida, a estigmatização das favelas como matriz da desordem e, sobretudo, o estranhamento à diversidade, crescente entre nós.
Pela abrangência (apenas Zona Sul) e circunstâncias (violência), o tema leva a pensar que se trata de uma resposta semiológica, de ordem simbólica, a uma questão política.”