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Cidade Inteira

A cidade informal do século XXI

By 10/04/2010setembro 23rd, 2021No Comments

 

Com projetos, maquetes, vídeos e debates com especialistas internacionais, evento do Museu da Casa Brasileira reúne o que há de mais moderno da arquitetura inclusiva
Ao pensar no futuro da cidade contemporânea não se pode deixar de refletir sobre a cidade informal – formada a partir de ocupações precárias do território como, por exemplo, as favelas – e as transformações que tem ocorrido a partir das propostas de arquitetos. Esse é o mote da exposição “A Cidade Informal no século XXI”, organizada pelo Museu da Casa Brasileira em parceria com a 4th Internacional Architecture Biennale Rotterdam e a SecretariaMunicipal de Habitação da Cidade de São Paulo. A curadoria ficou sob responsabilidade da arquiteta Marisa Barda.
“A Cidade Informal no século XXI” é uma mostrainterativa ondeprojetospontuais realizados por arquitetos brasileiros e estrangeiros serão abordados a partir de quatro temas, como se fossem operações táticas, que melhor representam os problemas das favelas: Conexões, Transições, Fruições e Transformações. Esses temas permitirão uma visão crítica do trabalho apresentado.
A ideia de reunir esse conjunto de projetos que redesenham a cidade informal aparece como continuidade das propostas apresentadas na Bienal de Roterdã, em outubro de 2009, cujo tema foi Open City: Designing Coexistence.A sub-curadoria do evento foi feita pelos arquitetos Rainer Hehl e Jorg Stolmann, que, para a seção Squat,selecionou como uma das referências os projetos para a comunidade de Paraisópolis,zona sul de São Paulo, elaborados por seis arquitetos: UrbanThink Tank (Venezuela), Elemental (Chile), Christian Kerez(Suiça), Ciro Pirondi, Marcos Boldarini e MMBB (Brasil).
A mostra “Cidade Informal no séc. XXI” soma a essa seleção ostrabalhos dos alunos da Graduate School of Design Harvard University, realizadospara o Cantinho do Céu, sob a coordenação do professor Christian Werthman, e os trabalhos dos alunos do GSAPP da Columbia University, sob a coordenação de Alfredo Brillembourg e Hubert Klumpner, os quais abordaram vários aspectos das áreas informais na cidade de São Paulo.A integração desses projetos com os estudos elaborados para as mesmas áreas, pelos alunos da Escola da Cidade, faculdade de arquitetura do centro de São Paulo, possibilitará uma reflexão a partir da experiência de arquitetos de vários países, todos com o mesmo propósito: redesenhar as cidades informaisdo século XXI.
Para melhor ilustrar a complexidade desse trabalho, serão apresentados projetos e maquetesdeobras já construídas ou em fase de realizaçãopara diversos espaços informais da cidade de São Paulo. A cidade informal também estará representada como um percurso didático,possibilitando a compreensão dos processos e condiçõesdasfavelasde São Paulo. Para isso, serão dispostastabelas com dados estatísticos,plantas, diagramas e fotografias. A favela de Paraísopolis, com posição estratégica próxima ao bairro do Morumbi, será objeto de estudoa partir de levantamentos realizadosin loco.
Em cada sala da exposição, os projetos poderão ser estudados de forma detalhada em mesas equipadas com computadores, livros publicados e cadernos, onde o público poderá escrever críticas, fazer propostas eelaborar esboços. Uma pequena sala de cinema projetarávídeos daUrbanInform, da 4th IABR. Para complementar a experiência, serão realizados doisdebatessobre a atual condição da cidade informal.O primeiro, no dia 8 de abril, às 20h, contará com a presença do urbanista italiano Bernardo Secchi, um dos grandes estudiosos do urbanismo contemporâneo, e do arquiteto Sergio Magalhães, criador do Projeto Favela-Bairro. O segundo debate, a realizar-se na última semana de abril, pretende mostrar ao público um conjunto de experiências de arquitetura e urbanismo já implantadas em vários países da América Latina, onde estarão presentes os arquitetos responsáveis pelos projetos apresentados.
Leia aqui a nota da FSP sobre o assunto