Nas notícias anteriores veiculadas pela mídia brasileira falava-se apenas em altos edifícios que seriam construídos em Paris –rompendo a altura homogênea de 6 andares. Seria algo “espetacular”. Tal como apresentado, corresponderia a uma visão de direita patrocinada por Nicolas Sarkozy: grandes negócios imobiliários, mais dinheiro sobre uma área já rica. Agora, o noticiário está se adequando à realidade do que é a consulta internacional sobre a Grande Paris (ver nota neste blog).
O Globo de hoje noticia que o destaque será a região dos subúrbios (Île-de-France), que é considerada deprimida em relação ao núcleo da metrópole (o município de Paris).
Estão previstas as seguintes principais ações de médio prazo:
-implantação de metrô de excepcional desempenho que conecte entre si as áreas da região metropolitana integrando-as melhor também com Paris. Isto é: fortalecer a compreensão de Paris como uma cidade metropolitana.
-projetos de edifícios espetaculares, parques, etc. que possam apoiar o desenvolvimento dessa periferia menos privilegiada. Edifícios espetaculares, por que? Porque eles podem ajudar na sinalização de um tempo de qualificação ambiental, espacial e simbólica do território hoje deprimido.
É uma agenda para até 2030, cuja formatação está no debate público por todo este ano.
É isso aí.