Autores: Luiz Paulo Conde e Sérgio Magalhães – Rio Books, 2021.
Sinopse
As cidades são uma justaposição de matéria e cultura. Nelas, convergem os tempos passados, presentes e futuros.
Em 1993, quando o Favela-Bairro teve início, o Rio tinha 573 favelas. Dos seus quase 6 milhões de habitantes, aproximadamente 18% moravam nessas áreas. Com mais de um século de vida, as favelas já́ não podiam ser tratadas como um fenômeno transitório.
Acolher as formas preexistentes foi a ideia-chave em torno da qual se desdobrou o Favela-Bairro. Passou-se a prover as favelas com redes de infraestrutura e serviços, potencializando o esforço já́ dispendido pelas famílias na construção de suas casas. Ou seja, construiu-se cidade onde já́ havia moradia.
O Favela-Bairro propôs a arquitetos, urbanistas, sociólogos, assistentes sociais e outros profissionais o desafio de projetos de verdadeiro alcance social, capazes de reverter, sem modelos autoritários, a carência acumulada nas favelas.
Consolidar uma vida urbana orientada pela equidade e pela inclusão das diferenças é, portanto, um empreendimento amplo, que tem de envolver obrigatoriamente os governos, as instituições e a sociedade civil.
Com o Favela-Bairro, a história das favelas do Rio de Janeiro ganhou um capítulo verdadeiramente novo.