Após uma semana, terminou hoje a inspeção do Comitê Olímpico Internacional (COI) na cidade do Rio de Janeiro para escolher a cidade sede dos jogos Olímpicos de 2016. A sabatina , além da avaliação das instalações esportivas, abordou temas como segurança, saúde e transportes. Atributos não faltaram: as belezas naturais, o entusiasmo dos cariocas e até o tempo colaborou. Foi notável o esforço de alguns governantes para convencer o COI de que o Rio estava pronto para receber os jogos. Notável e lamentável equívoco porém, atrelar ao evento o desenvolvimento da cidade.
-Se a gente pudesse ter um Rio dos sonhos em 2016 seria esse que a gente constrói na proposta olímpica. Os jogos são um resgate do Rio de Janeiro. A possibilidade de fazer essa Olimpíada significa investimentos enormes e projetos de mais largo prazo para a cidade.- declarou o prefeito Eduardo Paes.
Ora Senhores, o desenvolvimento do Rio não depende de novas e excepcionais oportunidades e sim de uma mudança na política de investimentos.
É inegável o potencial catalisador de uma oportunidade como essa, entretanto, ela não se sustenta sozinha. Assim, sediaremos os jogos e ao final ficaremos com um legado irrelevante ou ainda pior: um legado com impactos negativos do ponto de vista urbanístico e/ou para os cofres públicos.
E se perdermos a disputa? Devemos esperar por 2020?
Está na hora de sairmos da torcida e entrarmos em campo.